terça-feira, 14 de junho de 2011

Esperar...

Ah tá, vai me dizer que você gosta de esperar. Aham Claudia, senta lá. Esperar é uma coisa que gostemos ou não, temos que fazer. É claro que existem seres iluminados que tem o dom de simplesmente sentar e esperar.

Pensemos bem: esperamos 9 meses para nascer [ok, alguns menos], e depois disso só esperamos. Esperamos pelos primeiros de tudo de nossa vida, esperamos pelo dia que poderemos chegar em casa de madrugada, esperamos pelo dia que poderemos dirigir...enfim, deu pra entender a lógica da coisa, né?!

Admito que esperar me tira do sério, principalmente quando nada mais posso fazer a não ser esperar. Aí, pra suportar a angústia da espera você recorre a teorias lindas:

- as coisas acontecem quando devem acontecer;

- tente olhar a situação de fora e quem sabe você consegue resolver a questão – e daí não será mais preciso esperar; e

- deixe que a situação se resolva por si só.

Broder, olha quanto sofrimento nessas 3 linhas acima, mas esperar é uma prática, diária. Não se nasce paciente, torna-se paciente. Deve ser por isso que naquela ante-sala do consultório você é chamado assim: haja paciência pra esperar pela consulta, pelo diagnóstico e caso necessário, pela cura.

Mas esperar vai além de sofrer. Já parou pra pensar que esperar é ter esperança em algo?

domingo, 12 de junho de 2011

Carater

Esse fds estava conversando sobre como saber se o homem tem carater ou nao. E' dificil, todo mundo tem um ladinho podrinho. O problema e' que a conclusao que eu cheguei so' e' possivel depois de um coisinha chamada filhos.

Vamos ao exemplo pratico:

- Jose de Alencar: ex-presidente do Brasil, comecou a trabalhar ainda crianca, passou fome, construiu um imperio, lutou contra o cancer por 12 anos ou mais [preguica de goolgar]. Teve uma filha fora do casamento e se recusou a fazer DNA e dar o sobrenome a ela.

-Ronaldo: ex-jogador de futebol, comecou a jogar profissionalmente aos 16 anos, maior artilheiro da Copa do Mundo, 3 casamentos, pegou travecos com cara de homem, 3 filhos de 2 casamentos diferentes. Teve um filho fora dos casamentos, fez o DNA, deu sobrenome ao moleque e agora corre atras do tempo perdido colocando o moleque pra morar com ele e os outros filhos.

E ai? Quem tem mais carater?

Sei nao, se eu fosse filha do Ronaldo ia ter vergonha de meu pai ter pegado travecos com cara de homem, mas pelo menos ne', eu ia ter um pai.

Bjs

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A meia

Primeira coisa que voce precisa ter em mente antes de ler a historia abaixo: Eu tenho 1,83m.

Entao, senta que la' vem "causo".

Uma vez tinha uma festa a fantasia para ir. E meu pai trabalhava num centro comercial que tinha uma loja que vendia meias - item que eu precisava pra minha fantasia.

Entao fui busca-lo no trabalho e encontrei com ele na loja com a tal da meia arrastao, que eu pedi pra ele comprar. Eis que temos o dialogo abaixo:

-Ih, minha filha, so' tem essa aqui tamanho unico. Serve pra ate' 1,78m e 70 kg. E', acho que voce vai ter que emagrecer...
-Pai, na verdade eu acho que na verdade vou precisar diminuir, ne'?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pedaco de papel, o retorno

Outro dia escrevi sobre como a decepcao com pessoas especiais doi em mim. Tive um feedback legal em relacao a esse post, e um deles me chamou a atencao para mais reflexoes.

Minha irma tuitou perguntando quem tinha sido o papel que me cortou. Respondi que foram os papeis que me cortaram. Seguindo a troca de replies, ela disse: -entao e' pior que eu pensava. Esta' no plural. E encerrando o "dialogo": disse que ja' estava cicatrizando e que nao tinha como fugir dos papeis.

Infelizmente meus caros, nao temos como fugir das relacoes pessoais - a nao ser que sejamos heremitas. Viver em sociedade nos traz o eterno risco de se cortar. Se envolver com as pessoas traz riscos, mas qual a graca de viver sem riscos?

A cicatrizacao esta' intimamente relacionada com o tempo- nao o tempo do relogio, mas aquele tempo em que as coisas devem realmente acontecer.

Perdoar nao e' simples, nao e' rapido e nao evita as cicatrizes- que ficam para sempre.

Acredite, voce so' perdoa quando entende o porque que voce se cortou com aquela[s] folha[s] de oficio. E esse entender nao e' racional, e' entender com o coracao.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nada

Hoje durante alguns momentos do meu dia fiz um esforço tremendo para lembrar de alguma história bacana para não ter que subir mais um “post sério”.

Quebrei a cabeça por horas e não consegui lembrar de nada, mas daí que eu lembrei que já tinha um tempo que queria escrever justamente sobre o nada. Ok, que o Seinfeld já fez isso com muita maestria e ganhou rio de dinheiros, que eu não sou uma estudiosa em comportamento e mente humanas. Estou no máximo em vias de finalmente me tornar especialista – o que também não quer dizer muita coisa.

Aliás, você que se empenha nos estudos já reparou que quanto mais a gente se torna especialista em um assunto, menos a gente sabe dos outros? É meus caros, o negócio é ser especialista em uma área, generalista em todas as outras e ainda por cima sacar de futebol. E acredite, isso faz diferença. [mental note: post sobre futebol].

Mas vamos voltar ao nada... gostar de não fazer nada deveria ser mais respeitado pelas pessoas. É praticamente um estilo de vida, é o dolce far niente. Sério, para pra pensar: fazer nada não é uma tarefa simples.

Fico extremamente admirada com a reação e julgamento das pessoas quando me perguntam o que fiz no final de semana e respondo: “-nada”. E daí vem todo um discurso de que eu tenho que aproveitar a vida e mimimimimi. Bróder, é muito chato ter que defender uma escolha que fiz conscientemente.

Qual o problema de escolher ter um tempo pra você e simplesmente curtir sua própria cia, escutar seus pensamentos? Aliás, nessa era em que o tempo é cada vez mais escasso as pessoas deveriam se preocupar mais em escolher melhor o que vão fazer. E escolher passar um tempo com ela mesma deveria entrar na listinha de coisas a fazer.

Não fazer nada é ao mesmo tempo, pelo menos pra mim, contemplar a vida nos seus detalhes mais mínimos.