E e' sempre assim...morar sozinha tem dessas coisas. Toda vez que fico doente acho que vou morrer e ninguem vai dar minha falta. Tudo bem que esse drama tem uma certa escala: as vezes acho que agonizarei e ploft, morrerei. Outras vezes acho que a morte sera' subita, como no caso de hoje.
Sim, passei mal pela enesima vez [oi viroses e sinusites] e pela enesima vez achei que fosse partir dessa pra melhor. Na esperanca de ser uma morte agonizante, me dirigi ao hospital pra ver se tinha como remediar o babado. Nesse meio tempo derramei um riachinho de lagrimas porque meu unico pensamento nao era a morte e sim: putaquepariu, Sarah. Olha o nivel que voce chegou. [sem entrar em detalhes do porque do pensamento, ok? Ok!]
Se voce nao me conhece, vou te dizer: sou daquelas que compra "briga" pra defender os amigos [compramos brigas no argumento, vias de fato esta' fora de cogitacao]. O problema e' que as vezes eu nao escolho bem as brigas, e as vezes acabo entrando em umas que nao valem a pena. E quem paga por isso? Eu, somente eu e meu amago.
Hoje algumas pessoas, que nao tem a menor obrigacao comigo, a nao ser profissional, se importaram com meu estado, ofereceram ajuda propondo mudar a rota que fazem todos os dias so' pra me levar ao hospital. E sabem a troco de que? De nada.
Dos meus amigos de longa data nao esperaria nada de diferente alem disso. Eles nao precisam me provar nada. Estiveram ao meu lado no momento mais dificil da minha vida, o que seria uma carona ate' o hospital?
Essa "humanidade" [oi, humanizacao seria o termo mais indicado?!] me toca, me sensibiliza, me faz voltar a acredita nos sentimentos mais nobres e puros e nos sonhos que se perdem nas cirandas de pedra que vamos cruzando durante a vida.
Tudo isso pra dizer que sim, existe amor em SP.