Quanto mais amor melhor...

Há 3 anos atrás quando meu pai faleceu, decidi que não exporia anualmente o quão dolorido é para mim o 6 de novembro. Uma parte de mim diz que esse sentimento é muito íntimo, uma outra parte de mim acredita que falar na dor da perda não faz com que a dor doa mais, porque ela já dói. Talvez por isso o espanto de algumas pessoas ao me verem tratando um assunto de "gente grande"com uma certa naturalidade, porque há ainda uma outra parte de mim que acredita que a morte é descanso e libertação.

Pois bem, uns 3 dias depois que papis se foi, me incumbiram da "simples missão" [só que não] de escrever um texto sobre ele. E o fiz, e o publiquei. E algumas pessoas dizem que choram quando o leem, mas acho que a lembrança do meu pai merece mais riso que lágrima.

Porém, por alguma razão que é mais forte que eu, não consigo cumprir minha determinção de deixar este assunto entre eu e eu. E eu e minha família.

[Uma pequena pausa:  confesso que nunca entendi essa euforia com as latinhas de Coca Zero. Até ontem.]

Ontem, 6 de novembro fui almoçar com algumas pessoas queridas do escritório. Nenhuma delas sabia o que esse dia representa pra mim e muito menos o nome do meu pai. Ao chegar no restaurante encontro uma delas com a seguinte latinha:

Foram tantos sentimentos que vieram de uma vez... e dúvidas, e medos. Mas nada disso é maior e mais forte que qualquer lembrança do meu pai. Apesar de ter sido um homem muito sério e exigente, ele era chegado a umas piadocas marotas.

Acho que ontem foi mais uma piadoca dele comigo, quase que pedindo pra que eu não esquecesse que, de alguma forma, aquele era o dia dele. Deve ser porque ele sabe que sou meio avoada, que esqueço de pagar umas contas as vezes. Mas nunca, jamais vou me esquecer de todo o amor que sinto por ele, por todo amor que recebi dele e que de uma forma muito particular e só nossa, continuo recebendo.

A ele todo meu amor...

O dia que eu sai' de casa

Esse mes faz quatro anos que sai' da casa dos meus pais e fui morar sozinha. Durante um tempo morei com minha irma, mas ela logo saiu tambem [nao que eu seja uma ma' cia, e' que ela foi trilhar mais um pedaco da vida dela].

E neste momento estou repensando o que me fez tomar tal atitude. Nao foi so' a oportunidade e a facil estrutura que me fizeram vir pra ca', muito menos por acreditar que eu conseguria chegar tao longe. Tudo isso so' foi possivel porque eu tive os melhores pais que alguem pode ter.

Desculpa sociedade. Voce ai pode achar que tem os melhores pais, e deve ter tambem. Tenho certeza que varios pais e maes dividem esse lugar com os meus.

Acho que nunca os agradeci claramente, dizendo: valeu, pai! valeu, mae!, mas sou grata a eles todos os dias por terem me ensinado as coisas mais importantes que preciso para sobreviver [seja aqui ou em qualquer outro lugar].

Meus valores, meus ideais, por acreditaram [e minha mae ainda acredita] em TODOS os meus sonhos e vontades. Por terem me tirado daquela maldita bolha que nossos pais tendem a nos colocar para proteger de tudo que e' ruim. Por todos os bullyings familiares, que hoje me fazem rir de mim mesma. Por me fazerem acreditar que e' legal nao ter cabelo liso, e que eu sou a filha mais linda deles. Que devo sempre fazer o bem sem olhar a quem.

A sorrir. A amar.

Que muitas vezes os ganhos so' vem com uma pontinha de dificuldade. Que muitas vezes e' preciso jogar o jogo do contente, mas que o mundo nao e' cor de rosa. Que existem pessoas maldosas, mas que existem muito mais pessoas legais.

Que mae e' mae, que pai e' pai...nada de detalhes, mas que quando da' tudo errado e' pra eles que eu devo correr. Que meus irmaos sao as pessoas mais importantes do mundo. E meus amigos tambem. E que quando a gente quer muito uma coisa deve correr atras dela.

Por terem me criado para o mundo: obrigada, pai. Obrigada, mae.

Sonhos

Entre um bloco de Gabriela, A Liga e profissao reporter, tento escrever tipo o 15o. post das ultimas semanas.

Mas sei la', hoje deu vontade de falar de sonhos. Tenho sonhado muito ultimamente e a gente ja' sabe que quantidade nao e' = a qualidade, entao os sonhos nao tem sido la' grandes coisas. Ah, sim...digo sonhos daqueles de quando a gente poe a cabeca no travesseiro e dorme. E muitas vezes numa linha nao linear e as vezes com final feliz, uma historia se desenvolve.

Gosto de dormir e de preferencia dormir bem, o que faz com que meus sonhos tenham um minimo de logica possivel. Mas ne', exigir a logica ate' "mesmo quando nao tenho controle" sobre mim mesma, e' pedir demais. Faco o uso de aspas na frase anterior porque sei la', ne'...dizem que nessa hora e' manifesta-se o que realmente desejamos. Logo, ter um sonho "desorganizado", faz com que a frase anterior perca o sentido.

Voltando aos meus sonhos, aqueles que tenho quando durmo, hoje me lembrei de um em especial. Acho que e' porque entre outras coisas, ele era linear e com um final feliz. E o melhor de tudo, acordei com o coracao leve. E' amigos, sonhos tambem podem curar. =)

Explicando - parte I

Gente, gente, gente...

Por onde comecar? Fico aqui pensando em que tom esse post vai sair. Não quero ser grossa, mal educada [ouviu Tiago Cardoso...hahahahahaha, mentira. To de brinks.], mas é que quando a gente cresce a gente precisa aprender a lidar com coisas de uma forma mais prática. Neste caso estou falando do famoso: mandar um papo reto. Então vamos la'...

Gente, piada que precisa ser explicada não é piada.

Fazer justamente isso que estou fazendo com uma piada, que é  ficar se justificando, quebra todo o encanto da parada. Mas eu  bem sei que apenas um post não é suficiente pra quebrar o encanto que vocês tem em relação a mim [cof, cof, cof].

Explicar pq gosto de A ou B é muito chato. Imagine alguém questionando seus gostos. Imaginou? Chato demais, né?

Vou explicar uma coisa pra vocês que aprendi no meu curso [mãe, olha seu investimento valendo a pena]: nossas características são da ordem biológica, herdada ou adquirida. Por algum motivo eu adquiri o gosto pelas coisas toscas e ó, vivo bem com isso. Você que lê este texto, pode gostar de coisas refinadas. E eu também vivo bem com isso.

Então vamo parar de querer entender o porque fulano gosta de tal piadinha se ela é tão baixa [Oi, Marcelinho]. Ou simplesmente querer de parar de entender porque cargas d'agua fulano gosta de um determinado tipo de piada.

Porque eu bem vejo que quando alguém do tipo Wando morre, ceis ficam tudo postando no facebook que o cara era gênio, mas não tinham coragem de assumir que gostavam de Fogo e Paixão - que diga-se de passagem e' o toque do meu celular. =)

Quando isso acontece meu amigo, 'ce tá bem sentado do meu ladinho no quesito cafona, viu!?

bjs!

Clínica

 Vamos comecar os trabalhos das mini-ferias com um post daqueles que vcs adoram. Eu pagando "mico"...

Descendo do taxi outro dia, eis que tenho o seguinte dialogo com o taxista:

Ele: aqui é uma clinica, é?
Eu: aham...[mas um aham bem atravessado pra nao continuar a conversa, mas nao teve jeito]
Ele: clínica geral?
Eu: não, clínica de terapia. De psicólogos.
Ele: ahhhhhh, então você é psicóloqa?
Eu: não, sou paciente.
Ele: ahhhhhhhh tá.

Eu: ...

Velha infância

Campainha, a photo by sarah.mariani on Flickr.

...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância
...

Livretos

Livretos, a photo by sarah.mariani on Flickr.

...
Me abraça e me faz calor
Segredos de liquidificador
Um ser humano é o meu amor
De músculos, de carne e osso
Pele e cor
...

Roda gigante

Roda gigante, a photo by sarah.mariani on Flickr.

...

Roda mundo, roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração...

...

Chão em Bs As

Chão / Floor, a photo by sarah.mariani on Flickr.

Detalhe, do frances: 1 Ato ou efeito de detalhar. 2 Pormenor. 3 Particularidade, minúcia.

Um detalhe porteño.

Dry flowers

Dry flowers, a photo by sarah.mariani on Flickr.

As flores de plastico nao morrem.

E as de folha de coqueiro tambem nao. =)

Para você

Ah, a incessante busca do ser humano para ser aceito. Quem sou eu para julgar, minha mudanca para Sao Paulo tem um que disso: ser aceita. Por mais que nos aceitemos, quando a gente acha que e' um peixe bem fora do aquario, tudo fica mais dificil. Pelo menos essa e' a impressao que eu tenho. Quando me foi dada a chance de morar fora, percebi que o mundo é pequeno demais para se morar num lugar só, para se descobrir em um lugar só.

Amo São Paulo porque aqui sou. Tentar não mais me encaixar em rótulos faz de mim quem eu sou, mas sei que diariamente sou rotulada e também faço isso com os outros, não posso mentir. É como se fosse uma biblioteca e organizasse as pessoas por assuntos, melhor dizendo, por afinidades.

Tomar esta ou aquela atitude, ou ter este ou aquele comportamento na minha vida hoje passa por outros pesos e medidas. Porque hoje o que importa é buscar a felicidade, porque a escolha de ser feliz eu já fiz. E isso traz julgamentos, mas quanto maior e' o desejo de ser feliz menos o julgamento dos outros importa.

No fim dessa artimetica desorganizada, nos deparamos com o ja' velho e conhecido sofrimento. Sim caros, escolher esta' quase intimamente ligado a sofrer. Sofrer é inevitável, manter-se no sofrimento sim é opcional. Evitar sofrer até que é possível, mas acho que isso exclui experiências que podem ser divididas em 2 partes: a parte boa e o sofrimento de fato, mas algumas vezes essa equação vai valer a pena. Então como proceder? Ir testando seus limites, caindo, levantando, se escorando, aparando as arestas e por fim encontrar um meio termo - que sempre deve ser revisto. O que cabe e sustenta hoje pode não servir para amanhã. Dinâmicas. Passar pelo sofrimento é praticamente uma libertação, livrar-se da necessidade dos rótulos é a rendenção.

Essa caminhada tambem nos ensina que  as pessoas que mais gostamos talvez nos decepcionem, nos magoem, nos façam chorar, mas isso faz parte. Sim, faz parte, por mais criteriosos que sejamos. Mas graças as essas pessoas temos a chance de aprender mais sobre nós mesmos. É praticar o exercício do autoconhecimento, é praticar o amor próprio. É aprender a seguir sozinho, mas nunca se sentir abandonado. É não colocar no outro a culpa do fracasso e o mérito de ser feliz.

É ser consciente de suas próprias limitações e até mesmo da incerteza de que alguma coisa vai dar certo, mas bancar até o fim para ver onde tudo vai dar. É aceitar que nem sempre pode interferir na ciranda da vida e agradecer diariamente por ter chegado ao fim de um dia e ter mais 24 horas pra tentar refazer o que não deu certo.

É conseguir ser você, por você, para você.

Um shot

Nada pior que ter uma idéia na cabeça, um pensamento a desenvolver, sentar pra escrever sobre e ploft...ele sumir, desaparecer. Ontem foi assim.

Cheguei pilhada - as usual, do curso de Comportamento do Consumidor. É! Decidi que a cada semestre farei pelo menos um curso livre para que meu cérebro não atrofie. Sim, para mim, perder aquela sensação de ignorância me deixa apavorada.

Me disseram que isso é praticamente um ciclo vicioso. Quanto mais você aprende, maior é essa sensação uma vez que o espacinho do aprendizado se expandiu, a sensação de ignorância segue o mesmo movimento.

E falar de comportamento do consumidor é dar asas a minha imaginação.

Mas escrevi até aqui pra ver se eu lembrava sobre o que pretendia escrever ontem e foi em vão. Quer dizer, médio em vão. Sei que esses pensamentos estão apenas dormindo e uma hora eles voltarão. Mas de uma coisa eu lembro: era algum devaneio sobre "se dar uma oportunidade para experimentar. Estar aberta a experimentação.".

E sei que tem gente que só de ler essas 2 frases já começa a imaginar um monte de coisas que estão far far away do que eu estou querendo realmente dizer.

Aproveite e experimente. Um shot de "novidades", experimentos e sensações desconhecidas!

Recomeçar

Porque coisa boa merece ser compartilhada. As vezes no meio de um turbilhao de pensamentos e emocoes o que desejamos sao palavras de conforto e de encorajamento [oi, existe essa palavra, ne'?!].

E eu recebi essa mensagem dos meus tios e serviu como um sopro de esperanca.

Não importa onde você parou,
em que momento da vida você cansou,
o que importa é que sempre é possível
e necessário "Recomeçar".

E' um texto do Drummond e achei tao bonito que resolvi procurar pelo resto, e foi uma otima surpresa.

Recomeçar é dar uma nova
chance a si mesmo.
É renovar as esperanças na vida
e o mais importante:
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado.

Chorou muito?
Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os outros.

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora.

Quer saber o final? Clica aqui!

Minuto da Sabedoria 2.0

Bom, nao morri, ne'?!  Mas dias estranhos se sucederam, longas conversas tambem. E uma amiga ao abrir o  Minutos da Sabedoria na minha frente se depara com a seguinte mensagem:

Se o sofrimento bateu à sua porta não se desespere: são bem aventurados os que choram porque serão consolados.
O sofrimento parece a todos um mal a dor apavora...
Mas, quando aprendemos que a dor é uma libertação que nos devolve a paz ao espírito passa mos a jugá-la menos dolorosa.
Para que sua dor doa menos, aprenda a conformasse com ela, porque ela representa sua libertação.

Acho que vcs nao me aguentam mais falando de Deus e tudo mais, ne'? Mas e' que eu acho que certas situacoes so' fazem sentindo quando passamos por ela. Sabe como? So' entende que a dor de uma unha encravada e' insuportavel quando a propria unha encrava.

E' que chega uma hora que a logica nao serve mais. Por mais que Voce passe e repasse um pensamento, pese decisoes e atos. Chega uma hora que a logica nao e' mais suficiente. E esse texto so' veio para assinar aquilo que ja' havia tomado como a resposta mais certa pra mim.

Entao e' isso. Boa semana pra Voce!

Sim, existe amor em SP

E e' sempre assim...morar sozinha tem dessas coisas. Toda vez que fico doente acho que vou morrer e ninguem vai dar minha falta. Tudo bem que esse drama tem uma certa escala: as vezes acho que agonizarei e ploft, morrerei. Outras vezes acho que a morte sera' subita, como no caso de hoje.

Sim, passei mal pela enesima vez [oi viroses e sinusites] e pela enesima vez achei que fosse partir dessa pra melhor. Na esperanca de ser uma morte agonizante, me dirigi ao hospital pra ver se tinha como remediar o babado. Nesse meio tempo derramei um riachinho de lagrimas porque meu unico pensamento nao era a morte e sim: putaquepariu, Sarah. Olha o nivel que voce chegou. [sem entrar em detalhes do porque do pensamento, ok? Ok!]

Se voce nao me conhece, vou te dizer: sou daquelas que compra "briga" pra defender os amigos [compramos brigas no argumento, vias de fato esta' fora de cogitacao]. O problema e' que as vezes eu nao escolho bem as brigas, e as vezes acabo entrando em umas que nao valem a pena. E quem paga por isso? Eu, somente eu e meu amago.

Hoje algumas pessoas, que nao tem a menor obrigacao comigo, a nao ser profissional, se importaram com meu estado, ofereceram ajuda propondo mudar a rota que fazem todos os dias so' pra me levar ao hospital. E sabem a troco de que? De nada.

Dos meus amigos de longa data nao esperaria nada de diferente alem disso. Eles nao precisam me provar nada. Estiveram ao meu lado no momento mais dificil da minha vida, o que seria uma carona ate' o hospital?

Essa "humanidade" [oi, humanizacao seria o termo mais indicado?!] me toca, me sensibiliza, me faz voltar a acredita nos sentimentos mais nobres e puros e nos sonhos que se perdem nas cirandas de pedra que vamos cruzando durante a vida.

Tudo isso pra dizer que sim, existe amor em SP.

Minuto da sabedoria

Depois do post "O Jogo" achei que fosse jogar meus dados novamente, mas na verdade avancei muito pouco naquele tabuleiro. Ainda bem que a vida e' feita de varios tabuleiros.

Tenho tido dias dificies, e dizem que isso e' porque a gente ta' virando gente grande. Nao sei ai', mas aqui 27 anos e' estar proximo do processo de comecar a envelhecer - no sentido mais perjorativo da palavra, se assim podemos dizer. Logo, em 27 anos voce nao aprendeu muita coisa, no maximo deu com a testa na parede algumas vezes e tomou muitos porres, sejam eles da categoria que mais lhe convir. Ja' vi porre de Coca-Cola, ja' vi gente bebada de sono...entao quase tudo e' possivel.

Fato e' que nesses dias dificies procuro usar de todos os recursos que conheco: reza, respiracao, meditacao e o meu mais novo amigo do peito que e' um livreto chamado Minuto da Sabedoria [ta', ele ja' tem uns 2 anos].

Gosto da historia de como cheguei ate' ele. Trabalhava ainda como professora de ingles e como ja' disse aqui, andava muito infeliz. Fui em uma dessas lojinhas de conveniencia de posto de gasolina sacar dinheiro e tinha um display com varios livros. Peguei o livreto e sem mentalizar nada, abri na seguinte passagem:

LEVANTE sua cabeça!
Não fique triste!
Por que vai aborrecer-se, pelo que disserem de você?
Por quanto tempo continuará queixando-se, reclamando?
Vamos, levante sua cabeça e siga à frente!
Você é filho de Deus!
Caminhe seguro, porque aque les que falam de você vão ficar parados atrás, sem progredir.
E quando eles perceberem, você já progrediu tanto, que eles o perderam de vista...

E aquilo caiu como uma luva para mim. Eu que acredito que Deus nos fala, quando estamos dispostos a ouvi-lo, entao achei que devia comprar aquele livro.

Agora vamos ao que me levou escrever ate' aqui. Ja' disse que estou tendo dias dificies, certo? Pois bem, recorri mais uma vez ao minuto da sabedoria, e dessa vez [como nas outras], mentalizei uma coisa especifica. Porem ele parecia saber da decisao que eu estava prestes a tomar. Saiu a seguinte passagem:

NÃO pense que abandonar a vida poderá resolver seu caso.
Ao contrário, vai complicá-lo muito mais.
Não seja covarde!
Enfrente a luta, que todos os seus esperam de você a coragem de lutar até o fim.
Não fuja do campo de batalha, justamente na hora em que o combate se torna mais aceso.
Seja corajoso!
Não fuja às responsabilidades que você assumiu.

10 minutos depois de le-la, passei por uma situacao tao complicada que no meio de um turbilhao de coisas tinha tomado minha decisao: jogar a toalha, arrumar as malas e voltar pra Vitoria. Mas como sempre, as coisas se ajeitaram e continuo em Sao Paulo mais tranquila do que nunca.

E ai? Como nao acreditar em Deus?

Virada Cultural de SP - 2012

A virada cultural desse ano esta' sensacional: bloco do Sgto Pimenta, Gretchen, palco com homenagem a Elis Regina, chefs renomados servindo comidinhas a preco popular [duvido que isso va' da certo, mas a ideia e' boa], a banda mais bonita da cidade [risos], maratona stand up comedy, pecas teatrais ao ar livre, umas coisas locas que nao conheco, um dj chamado Katatau.

Exibicao dos filmes amorzinhos Kill Bill 1 e 2, filme amorzinho do Jackie Chan e uns filme muito loco. Musica classica com a OSESP, saraus, circo, teatro de boneco de corda!!! Intervencoes urbanas, peca de teatro com o lindo do Gianechini [preguiiiica de goolgar o nome certo].

As fofas da Luiza Possi e Tulipa Ruiz. Ta', nao sei se a Tulipa e' fofa e canta bem, mas so' de ter esse nome ela ja' e' alcada a esta categoria. Mais umas edicoes do Baile do Simonal, Luiz Melodia e Angela Ro Ro. Diogo Nogueira cantando musicas do pai no auditorio do Ibira. Como nao morrer? [Alias, Simoninha e Wilson Simonal mandam beijos para Diogo e Maria Rita]

Pra quem e' moderno e descolado, Centro de Cultura Judaica. Mulheres impuras nao entram. Nao insistam, viu meninas?! Ah! O Serguei tambem vai, e o Supla e o irmao idem. Byafra cansou de ser piada e vai dar as caras na virada. Tem palco com luta livre, tem pole dace, tem Rita Cadillac. De novo!

Tem mais um milhao de coisas boas, mas que eu ainda nao conheco. Pra mim so' faltou show do Molejao [estou falando serio].

Esse era pra ser apenas um post no facebook, mas fui me alongando a medida que fui me encantando com a programacao, vi ali um post diferente do que eu fiz nos ultimos 2 anos talvez. 

Fico inebriada com tanta oportunidade. Uma cidade que respira cultura os 7 dias da semana, para para que durante 24 horas todas as pessoas, de todas as classes, credos e racas possam experimentar um pouquinho daquilo que as vezes nem tem explicacao, mas que comove.

Agenda completa: http://www.viradacultural.org/programacao

Parabéns!!!

Sim, vou fazer anos e não teria problema em colocar a idade por extenso, mas é que dizer que vou completar a idade Renew 25++ é mais engracado.

Diferente do ano anterior, que achei estar realmente passando por um inferno astral [aquele argumento que justifica o injustificével], esse ano foi diferente. Os dias que antecederam e estão antecedendo meu aniversário foi/é um momento de pura reflexão e instrospecção, o que causou estranheza aos chegados e aos que convivem comigo no dia a dia.

Fiquei repensando minhas atitudes, minhas escolhas, o que me fazia viver.

Fiquei feliz com o resultado. A única coisa que me decepciona é que eu ainda deixo de falar para as pessoas o que eu gostaria, o que está no meu coração. Nem sempre o que temos a dizer é "feliz", mas na maioria das vezes é.

Me decepeciono porque aprendi da pior forma possível que não devemos nunca deixar de falar que amamos, que nos decepcionamos, mas também que perdoamos.

Desejo a mim mesma, que nos próximos 365 dias eu possa mudar isso. Nem que seja um poquinho. =)

O jogo

Posso fazer uma confissão? Nunca joguei War na vida, mas pelo o que ouço meus amigos falarem é um jogo de estratégia capaz de abalar amizades de anos. Então por favor amigos, não me julguem [acabei aprendendo a jogar buraco, serve?].

E mais uma vez, nesses meus quase 27 anos [que felizmente o espelho não me lembra com frequência], me deparo com uma situação que não sei mais como agir, ou na linguagem do War, não sei mais o que fazer para conquistar novos territórios.

Neste momento, vejo minha pacata vidinha como um jogo de tabuleiro, onde não sei qual o movimento mais adequado para este momento tão crucial.

Já joguei outras partidas e outros jogos no passado e cada vez que perdi, perdi o chão, me machuquei. E é por isso que temo tanto apostar todos os meus territórios outra vez.

Até alguns dias atrás, talvez anteontem, a partida parecia honesta e reativa. Quem jogava comigo esperava a minha vez de jogar os dados, mas devo ter cochilado e parece que passaram na minha frente. Ou não, era o caso de ficar uma rodada sem jogar [acho que isso é outro jogo de tabuleiro, né?! Mas se encaixa bem neste momento].

Narro tudo isso sem dramas, vitimização ou coitadismo da minha parte. Estou revendo algumas jogadas do passado e dou sorrisos sinceros [coisa rara nos últimos meses]. Mas o que está latente em mim neste momento é a dúvida se estou realmente segura para a próxima jogada, se estou pronta. Ou então se é hora de perceber que estou jogando o jogo sozinha, porque não sei até onde minha cicatriz está ok para que eu jogue meus dados novamente.

Dito tudo isto, pergunto: e aí? O que faço? Preciso de sinais e dessa vez eles não são divinos. Eu e Deus estamos trabalhando em outras frentes - tão importantes quanto esta, é claro. Eu sei que têm pessoas aqui capazes de me ajudar, então por favor be my guest.

Musica + agua + alcool...

Musica + agua + alcool..., a photo by sarah.mariani on Flickr.

Musica + agua + alcool...porque e' carnaval e nao tem combinacao mais perfeita!

Me vê 2 desses

Me vê 2 desses, a photo by sarah.mariani on Flickr.

Porque tem horas que uma bóia parece ser A solução de todos os problemas.

Carnaval

Carnaval, a photo by sarah.mariani on Flickr.

Minha carne é de carnaval
O meu coração é igual

Aqueles que têm uma seta
e quatro letras de amor

Estamos precisando por ordem na festa do caqui

Entao, um tempao sem postar e pensando no que dizer, porque sobre BBB e Luiza e navio nao rola.

Entao vamos a 2 situacoes distintas. Ambas me irritam muito.

Estava dando uma olhada no twitter, para ver o que acontece nessa terra de ninguem e de todo mundo e determinada pessoa reclamava por ter sido furtada no aeroporto.

Nao tem coisa mais absurda que: pagar caro para se locomover e ter suas malas danificadas e furtadas. Cada vez que eu tenho problemas no aeroporto eu rezo a Deus para que ele me mantenha em sã consciencia porque eu tenho muito medo de voar no pescoço dos funcionarios da cia aerea. Cada vez que eu tenho um problema vou lá, reclamo e faço um barraco nível médio. Gostaria de saber até quando vamos aceitar calados essa situação. Porque assim, não tem ninguem me fazendo favor: TO PAGANDO ESSA PORRA, dá pra entender caras Gol e TAM [em especial - pois são as que eu mais viajo]?

Voltando de BsAs minha irmã teve problemas com as duas malas dela e a minha foi rasgada. Resumindo a dor de cabeça: o funcionário da Gol disse que iria abrir uma queixa de cortesia, afinal minha mala tava acima da franquia. E nós pagamos pelo excesso de bagagem. Tão entendo, Gol e TAM? TO PAGANDO ESSA PORRA. E o mínimo que eu deveria receber em troca, pelo serviço que eu comprei -  é a certeza de que minha mala vai chegar inteira no destino final sem faltar UM ALFINETE. Sabe por que? PORQUE TO PAGANDO ESSA PORRA. 

O stress da minha irmã foi maior que o meu, porque a mala dela era nova e quebraram o cadeado a bel prazer. Agora ela não tem mais como fechar a mala dela com segurança, mas a GOL entende que ela pode continuar usando a mala, afinal o fecho em si não foi danificado. Sim, ela vai usar a porra da mala, e mais coisas sumirão. Eu tenho uma séria dúvida se vocês se dão ao trabalho de ouvir o prórpio discurso de vocês, porque olha ele não faz o menor sentido. É no mínimo contraditório. Vou parar por aqui, porque os adjetivos que posso usar para descrever o discurso de vocês são de baixo calão. E as pessoas que passam por aqui são chiques e de nível e não merecem ler esse tipo de coisa.

O que as nossas lindas cias. aereas estao fazendo é crime. Bom, acobertar crime é crime, né? Bom, pelo menos soa como... As cias ficam arrotando os seus valores corporativos e se esquecem de coloca-los em prática.

Acho que em letras garrafais e repetidamente talvez eles entendam que eu TO PAGANDO ESSA PORRA - porque um dia vou ficar puta e vou gritar isso no aeroporto. Ou então vou fazer uma camisa com isso impresso e chegando no balcão da cia. aérea vou apenas levantar a blusa. E sim, to falando sério.

Chegamos ao cúmulo de ter que pagar um serviço extra de embalo de mala porque corremos o risco de sermos furtados em um lugar onde supostamente não devereíamos nos preocupar, afinal ESTAMOS PAGANDO ESSA PORRA. 

Pra mim, a grande questão é que a mala é só uma "coisificação" de como estamos vivendo uma situação anormal, de achar que tá tudo certo assim. E não, não tá. 

A outra coisa que me irrita muito é essa porra de taxa de conveniência para compra de ingressos. Não sei como que isso funciona nos outros estados, mas aqui em SP temos vários postos de compra que nos cobra uma taxa de conveniência por estar nos facilitando a vida. Sim, eu consigo lidar com isso e agradeço. O que não consigo entender é porque que a taxa não é um valor fixo, tipo 8 reais por ingresso. Porque acompanha comigo:
- um show que o ingresso custa 600 reais, com uma taxa de conveniência de 18% passa a custar 708 reais.
- um show que o ingresso custa 60 reais, com a mesma taxa de conveniência passa a custar 78. 

Porém, para o site que oferece o serviço, o valor do ingresso não faz diferença. Na hora de imprimir o ingresso isso não faz diferença. O papel é o mesmo pros 2, a tinta da impressora também. Então porque que a gente acha ok continuar pagando essa taxa absurda e claro abusiva?
Tem sites por aí por outro lado que cobrar um valor fixo de tipo 5 reais por ingresso. Aí sim é justo.

E aí? Faz sentido?

Janela da Casa da Vó

Janela da Casa da Vó, a photo by sarah.mariani on Flickr.

Ahhh, a saudade

Dizem que com o tempo a gente se acostuma com a dor da perda.

Acho que uma das melhores explicacoes praticas que li sobre o que e' perder alguem que a gente ama e' que "a saudade e' que nem unha encravada, uma hora a gente se acostuma com a dor."

Pfffff, balela.

Ou entao, que esgotar o assunto e' outra forma de torna-lo confortavel.

Pfffff, outra balela.

Os teoricos me desculpem, mas acho que nenhuma teoria, de nenhuma area conseguira' descrever o que e' a saudade de uma pessoa que amamos e que se foi.

E' uma saudade tao grande que nem mesmo todos os caracteres do mundo me serviriam para expressar o quanto sinto falta de uma das pessoas que foi mais importante da minha vida.

Nega

Nega, a photo by sarah.mariani on Flickr.

As neguinhas mais desejadas de todos os tempos.

Presentes na minha vida ha' uns pelo menos 20 anos. =)

Cores

Cores, a photo by sarah.mariani on Flickr.

@ Buenos Aires